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Raul Seixas




Альбом Raul Seixas



1994
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Monólogo
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
. . .


Hei, Al Capone, vê se te emenda
Já sabem do teu furo, nego
No imposto de renda

Hei, Al Capone, vê se te orienta
Assim desta maneira, nego
Chicago não agüenta

Hei, Julio César, vê se não vai ao senado
Já sabem do teu plano para controlar o Estado
Hei, Lampião, dá no pé, desapareça
Pois eles vão à feira exibir tua cabeça

Hei, Al Capone, vê se te orienta
Assim desta maneira, nego
Chicago não agüenta

Hei, Al Capone, vê se te emenda
Já sabem do teu furo, nego
No imposto de renda

Hei, Al Capone, vê se te orienta
Assim desta maneira, nego
Chicago não agüenta

Hei, Jimi Hendrix, abandona o palco agora
Faça como fez Sinatra, compre um carro e vá embora
Ei, Jesus Cristo, o melhor que você faz
É deixar o Pai de lado e foge prá morrer em paz

Hei, Al Capone, vê se te orienta
Assim desta maneira, nego
Chicago não agüenta

Eu sou astrólogo!
Eu sou astrólogo!
Vocês precisam acreditar em mim
Eu sou astrólogo!
Eu sou astrólogo!
E conheço a história do princípio ao fim!

. . .


Vê se me entende
Olha o meu sapato novo
Minha calça colorida
O meu novo way of life
Eu tô tão lindo
Porém bem mais perigoso
Aprendi a ficar quieto
E começar tudo de novo

O que eu quero
Eu vou conseguir
O que eu quero
Eu vou conseguir
Pois quando eu quero
Todos querem
Quando eu quero
Todo mundo pede mais
E pede bis

Eu tinha medo do seu medo
Do que eu faço
Medo de cair no laço
Que você preparou
Eu tinha medo
De ter que dormir mais cedo
Numa cama que eu não gosto
Só porque você mandou

Você é forte mais
Eu sou muito mais lindo
O meu cinto cintilante
A minha bota, o meu boné
Não tenho pressa
Tenho muita paciência
Na esquina da falência
Que eu te pego pelo pé

Olha o meu charme
Minha túnica, meu terno
Eu sou o anjo do inferno
Que chegou pra lhe buscar
Eu vim de longe
Vim d´uma metamorfose
Numa nuvem de poeira
Que pintou pra lhe pegar

Você é forte
Faz o que deseja e quer
Mas se assusta com o que eu faço
Isso eu já posso ver
E foi com isso
Justamente que eu vi
Maravilhoso, eu aprendi
Que eu sou mais forte que você

O que eu quero
Eu vou conseguir
O que eu quero
Eu vou conseguir
Pois quando eu quero
Todos querem
Quando eu quero
Todo mundo pede mais
E pede bis
E pede mais...

. . .


Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realida- de

Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realida- de

Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realida- de

. . .


Se o rádio não toca
A musica que você quer ouvir
Não procure dançar
Ao som daquela antiga valsa

Não, não, não, não, não, não
É muito simples, é muito simples
É só mudar a estação
É só girar o botão
É só girar o botão
É só girar o botão
É só girar o botão
Para mudar de estação

. . .


spoken:
Queria dedicar essa música para o
nascimento da sociedade alternativa...
Viva !!! Valeu Brauner!!!!

Vai e grita ao mundo que você está certo
Você aprendeu tudo enquanto estava mudo
Agora é necessário gritar e cantar Rock
E demonstrar o teorema da vida
E os macetes do xadrez

Você tem as respostas das perguntas
Resolveu as equações que não sabia
E já não tem mais nada o que fazer a não ser
Verdades e verdades
Mais verdades e verdades para me dizer
A declarar

Tudo o que tinha que ser chorado já foi chorado
Você já cumpriu os doze trabalhos
Reescreveu livros dos séculos passados
Assinou duplicatas, inventou baralhos
Passeou de dia e dormiu de noite
Consertou vitrolas para ouvir música
Sabe trechos da Bíblia de cor
Sabe receitas mágicas de amor

Conhece em Marte um amigo antigo lavrador
Que te ensinou a ter do bom e do melhor
Do melhor

Mas o que você não sabe por inteiro
É como ganhar dinheiro
Mas isso é fácil e você não vai parar
Você não tem perguntas pra fazer
Porque só tem verdades pra dizer
A declarar

. . .


Eu conheço bem a fonte
Que desce aquele monte
Ainda que seja de noite
Nessa fonte está escondida

O segredo dessa vida
Ainda que seja de noite
"Êta" fonte mais estranha,
Que desce pela montanha
Ainda que seja de noite.

Sei que não podia ser mais bela
Que os céus e a terra, bebem dela
Ainda que seja de noite

Sei que são caudalosas as correntes
Que regam os céus, infernos
Regam gentes
Ainda que seja de noite
Aqui se está chamando as criaturas

Que desta água se fartam
Mesmo às escuras
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite

Eu conheço bem a fonte
Que desce daquele monte
Ainda que seja de noite
Porque ainda é de noite!
No dia claro dessa noite!
Porque ainda é de noite

. . .


Lua bonita
Se tu não fosses casada
Eu preparava uma escada
Pra ir no céu te buscar
Se tu colasse teu frio com meu calor
Eu pedia ao nosso senhor
Pra contigo me casar

Lua bonita
Me faz aborrecimento
Ver São Jorge no jumento
Pisando no teu clarão
Pra que cassaste com um homem tão sisudo
Que come, dorme, faz tudo
Dentro do seu coração?

Lua Bonita
Meu São Jorge é teu senhor
E é por isso que ele "véve" pisando teu esplendor

Lua Bonita
Se tu ouvisses meus conselhos
Vai ouvir pois sou alheio
Quem te fala é meu amor
Deixa São Jorge no seu jubaio amuntado
E vem cá para o meu lado
Pra gente viver sem dor
Deixa São Jorge no seu jubaio amuntado
E vem cá para o meu lado
Pra gente viver sem dor

. . .

Monólogo

[Нет текста]

. . .


Ao chegar do interior
Inocente, puro e besta
Fui morar em Ipanema
Ver teatro e ver cinema
Era a minha distração

Foi numa sessão das dez
Que você me apareceu
Me ofereceu pipoca
Eu aceitei e logo em troca
Eu contigo me casei

Curtiu com meu corpo
Por mais de dez anos
E depois de tal engano
Foi você quem me deixou
Foi você quem me deixou

Curtiu com meu corpo
Por mais de dez anos
Foi tamanho o desengano
Que o cinema incendiou

. . .


spoken:
Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando
Foi justamente num sonho que ele me falou

Ás vezes você me pergunta
Por que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao seu lado

Você pensa em mim toda hora
Me come me cospe e me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar

Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou

(Gitâ, Gitâ, Gitâ, Gitâ, Gitâ)

Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada

Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar

Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim

Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra A tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor
Eu sou a dona de casa
Nos pegue-pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo

(Gitâ, Gitâ, Gitâ, Gitâ, Gitâ)

Eu sou a mosca na sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão

Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
O início, o fim e o meio
Eu sou o início, o fim e o meio
Eu sou o início, o fim e o meio

. . .


Como vovó já dizia . . .
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Mas não é bem verdade?
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Hum
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Minha vó já me dizia pra eu sair sem me molhar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Mas a chuva é minha amiga e eu não vou me resfriar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A serpente está na terra e o programa está no ar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A formiga só trabalha porque não sabe cantar
Quem não tem colírio usa óculos escuros
Quem não tem filé como pão e osso duro
Quem não tem visão bate a cara contra o muro

(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
É tanta coisa no menu que eu não sei o que comer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
José Newton já dizia se subiu tem que descer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Só com a praia bem deserta que o sol tem que nascer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A banana é vitamina que engorda e faz crescer
Quem não tem colírio usa óculos escuros
Quem não tem filé como pão e osso duro
Quem não tem visão bate a cara contra o muro

(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Solta a serpente, hare Crishna hare Crishna

Quem não tem colírio usa óculos escuros
Quem não tem filé como pão e osso duro
Quem não tem visão bate a cara contra o muro

(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
É tanta coisa no menu que eu não sei o que comer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Só com a praia bem deserta que o sol tem que nascer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
José Newton já dizia se subiu tem que descer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A banana é vitamina que engorda e faz crescer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Minha vó já me dizia pra eu sair sem me molhar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Mas a chuva é minha amiga e eu não vou me resfriar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A serpente tá na terra e o programa está no ar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A formiga só trabalha porque não sabe cantar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)

. . .


Tá rebocado meu compadre
Como os donos do mundo piraram
Eles já são carrascos e vítimas
Do próprio mecanismo que criaram

O monstro SIST é retado
E tá doido pra transar comigo
E sempre que você dorme de touca
Ele fatura em cima do inimigo

A arapuca está armada
E não adianta de fora protestar
Quando se quer entrar
Num buraco de rato
De rato você tem que transar

Buliram muito com o planeta
E o planeta como um cachorro eu vejo
Se ele já não aguenta mais as pulgas
Se livra delas num sacolejo

Hoje a gente já nem sabe
De que lado estão certos cabeludos
Tipo estereotipado
Se é da direita ou dá traseira
Não se sabe mais lá de que lado

Eu que sou vivo pra cachorro
No que eu estou longe eu tô perto
Se eu não estiver com Deus, meu filho
Eu estou sempre aqui com o olho aberto

A civilização se tornou complicada
Que ficou tão frágil como um computador
Que se uma criança descobrir
O calcanhar de Aquiles
Com um só palito pára o motor

Tem gente que passa a vida inteira
Travando a inútil luta com os galhos
Sem saber que é lá no tronco
Que está o coringa do baralho

Quando eu compus fiz Ouro de Tolo
Uns imbecis me chamaram de profeta do apocalipse
Mas eles só vão entender o que eu falei
No esperado dia do eclipse

Acredite que eu não tenho nada a ver
Com a linha evolutiva da Música Popular Brasileira
A única linha que eu conheça
É a linha de empinar uma bandeira

Eu já passei por todas as religiões
Filosofias, políticas e lutas
Aos 11 anos de idade eu já desconfiava
Da verdade absoluta

Raul Seixas e Raulzito
Sempre foram o mesmo homem
Mas pra aprender o jogo dos ratos
Transou com Deus e com o lobisomem

. . .


Hoje é Domingo missa e praia céu de anil
Tem sangue no jornal, bandeiras na Avenida Zil
Lá por detrás da triste linda zona sul
Vai tudo muito bem, formigas que trafegam sem porque
E das janelas desses quartos de pensão
Eu como vetor, tranquilo tento uma transmutação

Ô, ô, ô seu moço do disco voador
Me leve com você, prá onde você for
Ô, ô, ô seu moço mais não me deixe aqui
Enquanto eu sei que tem tanta estrela por aí

Andei rezando para tótens e Jesus
Jamais olhei pro céu, meu disco voador além
Já fui macaco em domingos glaciais
Atlantas colossais, que eu não soube como utilizar
E nas mensagens que nos chegam sem parar
Ninguém, ninguém pode notar estão muito ocupados prá pensar

Ô, ô, ô seu moço do disco voador
Me leve com você, prá onde você for
Ô, ô, ô seu moço mais não me deixe aqui
Enquanto eu sei que vem tanta estrela por aí

. . .


Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes
Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor, lhe tenho horror
Lhe faço amor, eu sou um ator

É chato chegar a um objetivo num instante
Eu quero viver essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor, lhe tenho horror
Lhe faço amor, eu sou um ator

Vou disdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes
Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

. . .


Ói, ói o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis, olha o trem
Ói, ói o trem, vem trazendo de longe as cinzas do velho aeon

Ói, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que sabem do trem
Ói, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no trem

Quem vai chorar, quem vai sorrir?
Quem vai ficar, quem vai partir?

Pois o trem está chegando, tá chegando na estação
É o trem das sete horas, é o último do sertão, do sertão

Ói, olha o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu, não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar

Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e dos guardiões
Ói, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil megatons
Ói, ói o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral

. . .


Não pare na pista
É muito cedo prá você se acostumar
Amor não desista
Se você pára o carro pode te pegar
Bi-bi fom-fom ne-ne
Se você pára o carro pode te pegar

Você me xingando
De louco pirado
E o mundo girando
E a gente parado
Meu bem me dê a mão
Que eu vou te levar
Sem carro e sem medo
Pro guarda multar
Meu bem me dê a mão
Que eu vou te levar
Sem carro e sem medo
Prá outro lugar

Não pare na pista
É muito cedo prá você se acostumar
Amor não desista
Se você pára o carro pode te pegar
Bi-bi, fon-fon, ne-ne
Se você pára o carro pode te pegar
Mamãe, papai, irmão
Se você pára o carro pode te pegar
Fafá, Nené, Lili
Se você pára o carro pode te pegar

. . .


Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Viva o Novo Aeon!
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Viva! Viva! Viva!
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!

Se eu quero e você quer
Tomar banho de chapéu
Ou esperar Papai Noel
Ou discutir Carlos Gardel
Então vá
Faz o que tu queres
Pois é tudo da lei
Da lei

Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Faz o que tu queres há de ser tudo da lei
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Todo homem e toda mulher é uma estrela
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Viva! Viva!
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!

Mas se eu quero e você quer
Tomar banho de chapéu
Ou discutir Carlos Gardel
Ou esperar Papai Noel
Então vá
Faz o que tu queres pois é tudo da lei, da lei . . .

Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
O número 666 chama-se Aleister Crowley
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Faz o que tu queres há de ser tudo da lei
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
A lei de Thelema
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
A lei do forte
Esta é a nossa lei e a alegria do mundo
Viva! Viva! Viva!

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One, two, three o'clock, four o'clock, rock
Five, six, seven o'clock, eight o'clock, rock
Nine, ten, eleven o'clock, twelve o'clock, rock
We're gonna rock around the clock tonight

Put your glad rags on and join me, hon
We'll have some fun when the clock strikes one
We're gonna rock around the clock tonight
We're gonna rock, rock, rock, 'til broad daylight
We're gonna rock, gonna rock, around the clock tonight

When the clock strikes two, three and four
If the band slows down we'll yell for more
We're gonna rock around the clock tonight
We're gonna rock, rock, rock, 'til broad daylight
We're gonna rock, gonna rock, around the clock tonight

When the chimes ring five, six and seven
We'll be right in seventh heaven
We're gonna rock around the clock tonight
We're gonna rock, rock, rock, 'til broad daylight
We're gonna rock, gonna rock, around the clock tonight

. . .


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