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Gilberto Gil




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Альбом Gilberto Gil


Luar (1981)
1981
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O luar
Do luar não há mais nada a dizer
A não ser
Que a gente precisa ver o luar

Que a gente precisa ver para crer
Diz o dito popular
Uma vez que existe só para ser visto
Se a gente não vê, não há

Se a noite inventa a escuridão
A luz inventa o luar
O olho da vida inventa a visão
Doce clarão sobre o mar

Já que existe lua
Vai-se para rua ver
Crer e testemunhar

O luar
Do luar só interessa saber
Onde está
Que a gente precisa ver o luar

. . .


Subo neste palco
Minha alma cheira a talco
Como bumbum de bebê, de bebê
Minha aura clara só quem é
Clarividente pode ver, pode ver
Trago a minha banda
Só quem sabe onde é Luanda
Saberá lhe dar valor, dar valor
Vale quanto pesa pra quem preza
O louco bumbum do tambor, do tambor
Fogo eterno pra afugentar
O inferno pra outro lugar
Fogo eterno pra constituir
O inferno
Fora daqui, fora daqui
Fora daqui, fora daqui
Venho para a festa
Sei que muitos têm na testa
O deus-sol como sinal, o sinal
Eu como devoto trago um cesto
De alegrias de quintal, de quintal
Há também um cântaro, quem manda é
Deusa-música pedindo
Pra deixar, pra deixar
Derramar o bálsamo
Fazer o canto cantar
O cantar, o cantar
Fogo eterno pra afugentar
O inferno pra outro lugar
Fogo eterno pra constituir
O inferno
Fora daqui, fora daqui
Fora daqui, fora daqui
Subo neste palco
Minha alma cheira a talco
Como bumbum de bebê, de bebê
Trago a minha banda
Só quem sabe onde é Luanda
Saberá lhe dar valor, dar valor

. . .


Faz muito tempo que eu não tomo chuva
Faz muito tempo que eu não sei o que é me deixar molhar
Bem molhadinho, molhadinho de chuva
Faz muito tempo que eu não sei o que é pegar um toró

De tá na chuva quando a chuva cair
De não correr pra me abrigar, me cobrir
De ser assim uma limpeza total
De tá na rua e ser um banho
Na rua
Um banho

De ser igual quando a gente vai dormir
Que a gente sente alguém acariciar
Depois que passa o furacão de prazer
Ficar molhado e ser um sonho
Molhado
Um sonho

Eu vou dormir (enxutinho)
E acordo molhadinho de chuva

. . .


Pela lente do amor
Uma grande angular
Vejo o lado, acima e atrás
Pela lente do amor
Sou capaz de enxergar
Toda moça e todo rapaz
Pela lente do amor
Vejo tudo crescer
Vejo a vida mil vezes melhor
Pela lente do amor
Até vejo você
Numa estrela da Ursa Maior
Abrir o ângulo, fechar o foco
sobre a vida
Transcender pela lente do amor
Sair do cético, entrar num
beco sem saída
Transcender, pela lente do amor
Do amor
Pela lente do amor
Pela lente do amor

Sou capaz de entender
Os detalhes da alma de alguém
Pela lente do amor
Vejo a flor me dizer
Que ainda posso enxergar mais
além
Pela lente do amor
Vejo a cor do prazer
Vejo a dor com a cara que tem
Pela lente do amor
Vejo o barco correr
Pelas águas do mal e do bem
Mostrar ao médico, encarar,
curar sua ferida
Transcender pela lente do amor
Cantar o mântrico
Pegar o kármico na lida
Transcender, pela lente do amor
Do amor

. . .


Uh, uh...
Morena
Uh, uh...
Morena

Mundo, menino pequenino
Não tem cabeça pra pensar
Leva qualquer proposta à perder
Ah, morena, esse mundo cresce tudo
Cresce a esperança, sobe a maré
Uh, uh...
Moreno
Uh, uh...

. . .


Nas suas andanças
Danças, danças, danças, danças, danças
Na multidão
Veja se de vez em quando encontra
Contra, contra, contra
Os pedaços do meu coração

Tira essa máscara
Cara a cara, cara a cara, cara a cara
Quero ver você
No trio elétrico rico
Rico, rico, rico, rico, rico deseendoidecer
De alegria, ria, ria, ria, ria
Que a luz se irradia dia, dia, dia, dia
Dia de sol na Bahia

. . .


Tomar pé
Na maré desse verão
Esperar
Pelo entardecer
Mergulhar
Na profunda sensação
De gozar
Desse bom viver

Bom viver
Graças ao calor do sol
Benfeitor
Dessa região
Natural
Da jangada, do coqueiral
Do pescador
De cor azul
Bela visão
Cartão postal
Sabor do mel, vigor do sal
Cores da pena de pavão
Cenas de uma vibração total

Cores vivas
Eu penso em nós
Pobres mortais
Quantos verões
Verão nossos
Olhares fãs
Fãs desses céus
Tão azuis

. . .


Meu pai Oxalá
Dá-nos a luz do teu dia
De noite a estrela-guia
Da tua paz
Dentro de nós
Meu pai Oxalá
Dá-nos a felicidade
O pão da vitalidade
Do teu axé
Do teu amor
Do teu axé
Do teu amor
Ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô
Axé, babá
Ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô
Axé, babá
Ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô
Axé, babá
Ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô

. . .


Imagino-te já idosa
Frondosa toda a folhagem
Multiplicada a ramagem
De agora

Tendo tudo transcorrido
Flores e frutos da imagem
Com que faço essa viagem
Pelo reino do teu nome
Ó, Flora

Imagino-te jaqueira
Postada à beira da estrada
Velha, forte, farta, bela
Senhora

Pelo chão, muitos caroços
Como que restos dos nossos
Próprios sonhos devorados
Pelo pássaro da aurora
Ó, Flora

Imagino-te futura
Ainda mais linda, madura
Pura no sabor de amor e
De amora

Toda aquela luz acesa
Na doçura e na beleza
Terei sono, com certeza
Debaixo da tua sombra
Ó, Flora

. . .


Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

. . .


Você sabe o que é tiete?
Tiete é uma espécie de admirador
Atrás de um bocadinho só do seu amor
Afins de estar pertinho, afins do seu calor

Hoje eu sou o seu tiete
Às suas ordens, ao seu inteiro dispor
De imediato aonde você for eu vou
No ato, no ato
Pro mato, pro motel, de moto ou de metrô

Tititititi
Como é bom tietar
Seu amor inatingível
Tititititi
E se você deixar
Eu farei todo o possível
Pra alcançar o nível do seu paladar

. . .


Minhas ambições são dez
Dez corações de uma vez
Pra eu poder me apaixonar
Dez vezes a cada dia
Setenta a cada semana
Trezentas a cada mês

Isso, sem considerar
A provável rebeldia
De um desses corações gamar
Muitas vezes num só dia
Ou todos eles de uma vez
Todos dez
Desatarem a registrar
Toda gente fina
Toda perna grossa
Todo gato, toda gata
Toda coisa linda que passar

Meus dez mil corações a mil
Nem todo o Brasil vai dar

. . .


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