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Djavan




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Альбом Djavan


Alumbramento (1980)
1980
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10.
. . .


(by Djavan, Paulo Emílio & Aldir Blanc)

Café com pão no vera cruz
Jejum limão em japeri
A bolsa e a vida
Dançam nesse trem, te cuida!
Sacola, cabaço
Futuro, tutu
Tem boi na linha
Seu honório gurgel

Lá vai barão pras filipetas
Comendador entrou no pau
Turiaçu sem gororoba
Fez desse trem cabriolé
Negão quebrou a gabiroba

O mar bateu
Voce me pegou
Pra confirmar
O sol desmaiou
A onda vai
Meu coração carrega
Eh, eh cordovil
Cavalo de ferro, tchhhh...
Cavalo de ferro, tchhhh...
Cavalo de ferro, tchhhh...

Udp-um, udp-dois,
Udp-três, udp-mil
E udputisgrila udfêdapê
Cascudo, pedrada
Cuspida, pisada
Vai pra Anchieta,
Seu vigario geral

Engavetou,
Descarrilhou
Descarrilhei
Quebrei também
Ai, Santa Cruz
Não sou Jesus
Não sou Jesus
Em Santa Cruz
Somos zumbis
Todos os santos
Meu vai-e-vem
Parece o vaivém do trem
Parece o vaivém do trem
Parece o vaivém do trem

. . .


Um dia preciso ir
Na casa da solidão
Só pra saber
Se o que sofri
Dá pra beber
Outra paixão

Em mim o amor se fez
Do jeito que se inventou
Toda razão perde o seu fim
Se um coração for o juiz

Vai redimir
O medo de amar
Saudade
Enquanto o amor ferir
E o pranto a dor sarar

Não digo não
Nem dou o sim
Deixo o meu coração
Chorar por mim

. . .


(by Djavan & Cacaso)

Cuida do pé de milho
Que demora na semente
Meu pai disse "Meu filho
Noite fria, tempo quente"

Lambada de serpente
A traição me enfeitiçou
Quem tem amor ausente
Já viveu a minha dor

No chão da minha terra
Num lamento de corrente
Um grão de pé de guerra
Pra colher dente por dente

Lambada de serpente
A traição me enfeitiçou
Quem tem amor ausente
Já viveu a minha dor

No chão da minha terra
Num lamento de corrente
Um grão de pé de guerra
Pra colher dente por dente

Lambada de serpente
A traição me enfeitiçou
Quem tem amor ausente
Já viveu a minha dor

. . .


(by Chico Buarque)

Arrasa o meu projeto de vida
Querida, estrela do meu caminho
Espinho cravado em minha garganta
Garganta
A santa às vezes troca meu nome
E some

E some nas altas da madrugada
Coitada, trabalha de plantonista
Artista, é doida pela Portela
Ói ela
Ói ela, vestida de verde e rosa

A Rosa garante que é sempre minha
Quietinha, saiu pra comprar cigarro
Que sarro, trouxe umas coisas do Norte
Que sorte
Que sorte, voltou toda sorridente

Demente, inventa cada carícia
Egípcia, me encontra e me vira a cara
Odara, gravou meu nome na blusa
Abusa, me acusa
Revista os bolsos da calça

A falsa limpou a minha carteira
Maneira, pagou a nossa despesa
Beleza, na hora do bom me deixa, se queixa
A gueixa
Que coisa mais amorosa
A Rosa

Ah, Rosa, e o meu projeto de vida?
Bandida, cadê minha estrela guia
Vadia, me esquece na noite escura
Mas jura
Me jura que um dia volta pra casa

Arrasa o meu projeto de vida
Querida, estrela do meu caminho
Espinho cravado em minha garganta
Garganta
A santa às vezes me chama Alberto
Alberto

Decerto sonhou com alguma novela
Penélope, espera por mim bordando
Suando, ficou de cama com febre
Que febre
A lebre, como é que ela é tão fogosa
A Rosa

A Rosa jurou seu amor eterno
Meu terno ficou na tinturaria
Um dia me trouxe uma roupa justa
Me gusta, me gusta
Cismou de dançar um tango

Meu rango sumiu lá da geladeira
Caseira, seu molho é uma maravilha
Que filha, visita a família em Sampa
Às pampa, às pampa
Voltou toda descascada

A fada, acaba com a minha lira
A gira, esgota a minha laringe
Esfinge, devora a minha pessoa
À toa, a boa
Que coisa mais saborosa
A Rosa

Ah, Rosa, e o meu projeto de vida?
Bandida, cadê minha estrela guia?
Vadia, me esquece na noite escura
Mas jura
Me jura que um dia volta pra casa

. . .


Pão é ouro
Prata é lei
Dor é nylon bis
Amor é vidro
Eu e Deus

Crescer é como trair
De repente amanhecer
Já na hora de partir pra vida
Viver é mais que crescer
É querer achar o fim
Do saber, da lei, da vida
Do nada
De tudo, de si

Pão é ouro
Prata é lei
Dor é nailon bis
Amor é vidro
Eu e deus

Crescer é como trair
De repente amanhecer
Já na hora de partir pra vida
Viver é mais que crescer
É querer achar o fim
Do saber, da lei, da vida
Do nada
De tudo, de si

. . .


Meu bem-querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração

Meu bem-querer
Tem um "quê" de pecado
Acariciado pela emoção
Meu bem-querer, meu encanto
Tô sofrendo tanto

Amor
E o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor?

. . .


(by Djavan & Aldir Blanc)

Baixou
Num centro de mesa
De um bar
Um santo estranho
Cheirou
Fumou
Não cuspiu
Sei lá...

E tocou piano
Falou que
"Era aquele um"
Das quebradas
O santo de cama
Das mal amadas
Alguém do centro
Perguntou o seu ponto
Aí o santo lhe respondeu:
"Meu ponto é qualquer um
Com bicheiro e taxi"

Zarakiê
Zaraquiê
Zoroquiê
Zaraquiê
Zoroquiê

. . .


(by Djavan & Chico Buarque)

Deve ser bem morna
Deve ser maternal
Sentar num colchão
E sorrir e zangar
Tapear tua mão
Isso sim, isso não
Deve ser bem louca
Deve ser animal

Hálito de gim
Vai fingir, vai gemer
E dizer ai de mim
E de repente deve ter
Um engenho, um poder
Que é pro menino fraquejar
Alucinar, derreter
Deve estar com pressa
E partir e deixar
Cica de cajú no olhar do guri
Por aí deve ser...

. . .


(by Novelli & Cacaso)

Ah! Minha Santa Idolatrada
Não fazia quase nada
Pela minha fidelidade
Ah! Só por você
Eu entreguei sem recusar meu coração
Me sentia nos seus braços
Numa grade de cela
Belo Horizonte, sombra de vela
A descrença mais sincera
Pela minha sinceridade

Ah! Você jurou
E prometeu, mas não me deu o seu amor
Eu faria da injúria
A canção mais singela
Água rolada
Céu de aquarela
Te perjuro, te desprezo
Pela minha felicidade

Ah! Você entrou na minha vida
Mas comigo não viveu
Eu sabia, fruta boa
Tá na ponta da vara
Triste Baía da Guanabara
Lua branca, noite clara
Pela minha triste cidade

Ah! Sem ter você
Meu coração só quer lembrar a minha dor
Eu queria que soubesse
Que te amar não consola

. . .


Eh sarará é sucuri
Eh sarará de prajati
Eis o siri-de-coral
Sururu na casca é capote

No nordeste tem Santo Antônio, São Benedito
Tem matrimônio de corpo invicto
Quatro pimentas um prato feito
Uma tapa na venta pra quem não comer direito
Eh rapariga não se tortura
Dor de barriga, cidreira cura
É na casinha que se faz
Aquela mocinha tá ficando um rapaz

Em São Paulo é bom
Mas como lá eu não digo
Vou pegar ônibus
Vou rever meus "umbigo"
Em São Paulo é bom
Mas como lá eu não digo
Vou pegar ônibus
Vou rever meus "umbigo"

. . .


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