Meça a cabeça do boi:
Um CD colado à testa
Adornaram-no pra a festa
Do que foi. Desça à metade
Do que eternamente nasce:
Na face que é iridescente
Ó gente, dá-se a cidade
Abra a cabeça do boi:
Por trás do CD um moço
Nesse cabra uma serpente
Cobra lá dentro do osso
Posso não crer na verdade
Mas ela dobra comigo:
Abrigo em mim a cidade
Cantiga de boi é densa
Não se dança nem se entende
Doença, cura e repente
E desafio ao destino
Menino já tem saudade
Do que mal surgiu à frente:
Alma, CD, boi, cidade
Purificação do adro
O quadro produz-se ali
Luz o paralelepípedo
Límpido cristal de olhar
Grécia, Roma e Cristandade
O CD refrata o tempo
Templo-espaço da cidade
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