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Caetano Veloso




Альбом Caetano Veloso


Omaggio a Federico e Giulietta (1999)
1999
1.
2.
3.
4.
5.
Luna rossa
6.
7.
8.
Come prima
9.
10.
Chora tua Tristeza
11.
12.
13.
Gelsomina
14.
Let's Face the Music and Dance
15.
16.
Patrícia
17.
18.
Coimbra
19.
Gelsomina
. . .


Uma intensa luz
Que não se vê
Passa pela voz
Ao se calar
É a vez de uma estrela
Guarda o nome dela
Nosso coraçao é o seu lugar

Somos sempre sós
E ainda assim
Ela brilha em nós
Em ti, em mim
Nem bruta nem bela
O silêncio é tê-la
A voz dessa luz
Sem fim, sem fim

Come tu mi vuoi
Saró, saró
Quello che tu vuoi
Faró, faró
Non ti lascieró mai
Ma non ti ameró mai
Questo tu lo sai, sí lo sai

Uma intensa luz que não se vê
Passa pela voz ao se calar

. . .


O melhor o tempo esconde
Longe, muito longe
Mas bem dentro aqui
Quando o bonde dava a volta ali
No cais de Araújo Pinho
Tamarinderinho
Nunca me esqueci
Onde o imperador fez xixi
Cana doce Santo Amaro
Gosto muito raro
Trago em mim por ti
E uma estrela sempre a luzir
Bonde da Trilhos Ubanos
Vão passando os anos
E eu não te perdi
Meu trabalho é te traduzir
Rua da Matriz ao Conde
No trole ou no bonde
Tudo é bom de ver
São Popó do Maculelê
Mas aquela curva aberta,
Aquela coisa certa
Não dá pra entender
O Apolo e o rio Subaé
Pena de pavão de Krishna
Maravilha, vixe Maria mãe de Deus
Será que esses olhos são meus?
Cinema transcendental
Trilhos Urbanos, Gal
Cantando o Balancê
Como eu sei lembrar de você

. . .


Pálpebras de neblina, pele d'alma
Lágrima negra tinta
Lua, lua, lua
Giuletta Masina
Ah, puta de uma outra esquina
Ah, minha vida sozinha
Ah, tela de luz puríssima

(Existirmes a que será que se destina)

Ah, Giuletta Masina
Ah, vídeo de uma outra luz
Pálpebras de neblina, pele d'alma
Giuletta Masina
Aquela cara é o coração de Jesus

. . .


Lua, lua, lua, lua
Por um momento meu canto contigo compactua
E mesmo o vento canta-se compacto no tempo
Estanca
Branca, branca, branca, branca
A minha, a nossa voz atua sendo silêncio
Meu canto não tem nada a ver
Com a lua

Lua, lua, lua, lua
Por um momento meu canto contigo compactua
E mesmo o vento canta-se compacto no tempo
Estanca
Branca, branca, branca, branca
A minha, a nossa voz atua sendo silêncio
Meu canto não tem nada a ver
Com a lua

. . .

Luna rossa

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. . .


Vai, minha tristeza
E diz a ela
Que sem a ela não pode ser

Disse numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer

Chega de saudade
A realidade é que sem ela não há mais paz, não há beleza
É só tristeza e melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai

Mas, se ela voltar
Se ela voltar
Que coisa linda,
Que coisa louca

Pois há menos peixinhos
A nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim
Colado assim
Calado assim
Abraços e beijnhos
E carinhos sem ter fim
Que é acabar com esse negócio
De você viver sem mim

Não quero mais esse negócio
De você tão longe assim

Vamos deixar esse negócio de viver longe de mim

. . .


Cheguei juntinho a sua porta
Nem sei como consegui
Me disseram que nao estavas
E que nunca voltarias
Que tu já tinhas partido

Uma dor senti no peito
Tua casa está em silêncio
Ao fechar de novo a porta
Uma lágrima de dor invadiu meu coração

Nada, nada, nada restou desse amor
Só teias de aranha que tece na dor
O roseiral também murchou e hoje caído pelo chao
Também arrasta sua cruz

Nada, nada, mais que tristeza e silêncio
Nada que me diga que vives ainda
Onde estás?
Quero dizer-te que hoje volto arrependido
Implorando teu amor

. . .

Come prima

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. . .


Ave Maria, ave
Gratia plena, ave
Dominus tecum
Dominus tecum, tecum
Benedicta tu in mulieribus, tu
Benedictus frutus ventris tuis Jesu Jesu
Sancta Maria
Sancta Maria
Mater Dei
Ora, pro nobis
Ora, pro nobis
Pecatoribus
Nunc et in hora, hora
Nunc et in hora, hora
Hora
Mortis, nostra, nostre
Amen

. . .

Chora tua Tristeza

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. . .


Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer
Meu coração de criança
Não és só a lembrança
De um vulto feliz de mulher

Que passou por meu sonho
Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo em mim

. . .


Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina

. . .

Gelsomina

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. . .

Let's Face the Music and Dance

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. . .


Disse o campônio a sua amada
Minha idolatrada diga o que qués?
Por ti vou matar, vou roubar
Embora tristezas me causes mulher
Provar quero eu que te quero
Venero teus olhos teu porte, teu ser
Mas diga tua ordem espero
Por ti não importa matar ou morrer
E ela disse ao compônio a brincar
Se é verdade tua louca paixão
Partes já e pra mim vá buscar
De tua mãe inteiro o coração
E a correr o campônio partiu
Como um raio na estrada sumiu
E sua amada qual louca ficou
A chorar na estrada tombou
Chega à choupana o campônio
Encontra a mãezinha ajoelhada a rezar
Rasga-lhe o peito o demônio
Tombando a velhinha aos pés do altar
Tira do peito sagrando da velha mãezinha
O pobre coração e volta a correr proclamando
Vitória, vitória tem minha paixão
Mais em meio da estrada caiu
E na queda uma perna partiu
E a distância saltou-lhe da mão
Sobre a terra o pobre coração
Nesse instante uma voz ecoou
Magoou-se pobre filho meu
Vem buscar-me filho, aqui estou
Vem buscar-me que ainda sou teu!

. . .

Patrícia

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. . .


A sorrir você me apareceu
E as flores que você me deu
Guardei no cofre da recordaçao
Porém, depois você partiu
Pra muito longe
Me deixou
E a saudade que ficou
Ficou pra magoar meu coraçao
A minha vida se resume
ó, Dama das Camélias
Em duas flores sem perfume
ó, Dama das Camélias

. . .

Coimbra

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Gelsomina

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