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Caetano Veloso




Альбом Caetano Veloso



1996
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Chegou a hora, chegou, chegou
Meu corpo treme, ginga qual pandeiro
A hora é boa e o samba começou
E fez convite ao tango pra parceiro
Chegou a hora, chegou, chegou
Meu corpo treme, ginga como pandeiro
A hora é boa e o samba começou
E fez convite ao tango pra parceiro

Hombre yo no se porque te quiero
Que te tengo amor sincero
Diz la muchacha del Plata
Pero nel Brasil es diferente:
Yo te quiero simplesmente

Teu amor me desacata
Abla castellano no fandango
Argentina canta tango
Para neutralizar ligeiro
Eu canto e danço sempre que possa
Um sambinha cheio de bossa:
Sou do Rio de Janeiro

. . .


Sale loco de contento con su cargamento para la ciudad, ay, para la ciudad
Lleva en su pensamiento todo un mundo lleno de felicidad, si, de felicidad
Piensa en remediar la situación del hogar que és toda su ilusión, si

Y alegre el jibarito va pensando así, diciendo aí, cantando así por el camino:
"Si vendo toda carga mi Dios querido, un traje a mi viejita voy a comprar"

Y alegre también su yegua va al presentir que su cantar es como un himno de alegria
En esto le sorprende la luz del día
Y llegan al mercado de la ciudad

Pasa la mañana intera sin que nadie quiera su carga comprar, ay, su carga comprar
Todo, todo está desierto, el pueblo está muerto de necessidad, ay, de necesidad

Se oye este lamento por doquier
En mi desdichada Borinquen, sí
Y triste el jibarito va
Pensando así, diciendo así, llorando así por el camino:
"Que será de Borinquen mi Dios querido? Que será de mis hijos y de mi hogar"

Bborinquen, la tierra del Edén
Y que al cantar el gran Gautier llamó la perla de los mares
Ahora que te mueres com tus pesares
Déjame que te cante you también

. . .


Una veredita alegre con luz de luna o de sol
Tendida como una cinta con sus lados de arrebol
Arrebol de los geranios y sonrisas con rubor
Arrebol de los claveles y las mejillas en flor

Perfumada de magnolia rociada de mañanita
La veredita sonrie cuando tu pie la acaricia
Y la cuculi se ríe y la ventana se agita
Cuando por esa vereda tu fina estampa pasea

Fina estampa caballero
Caballero de fina estampa
Un lucero que sonriera bajo um sombrero
No sonriera más hermoso
Ni más luciera caballero
En tu andar andar reluce la acera al andar andar

Te lleva hacia los zaguanes y a los patios encantados
Te lleva hacia las plazuelas y a los amores soñados
Veredita que se arrulla con tafetanes bordados
Tacón de chapin de seda y justes almidonados

Es un caminito alegre con luz de luna o de sol
Que he de recorrer cantando por si te puede alcanzar
Fina estampa caballero quien te pudiera guardar

Fina estampa caballero
Caballero de fina estampa
Un lucero que sonriera bajo um sombrero
No sonriera más hermoso
Ni más luciera caballero
En tu andar andar reluce la acera al andar andar

. . .


Dicen que por las noches
No más se le iba en puro llorar
Dicen que no comía
No más se le iba en puro tomar
Juran que el mismo cielo
Se estremecía al oír su llanto
Cómo sufria por ella
Que hasta en su muerte la fue llamando:
Ay, ay, ay, ay, ay cantaba
Ay, ay, ay, ay, ay gemía
Ay, ay, ay, ay, ay cantaba
De pasión mortal moría

Que una paloma triste
Muy de mañana le va a cantar
A la casita sola
Con sus puertitas de par en par
Luran que esa paloma
No es otra cosa más que su alma
Que todavía espera
A que regrese la desdichada
Cucurrucucú paloma, cucurrucucú no llores
Las piedras jamás, paloma
¿Qué van a saber de amores?
Cucurrucucú, cucurrucucú
Cucurrucucú, cucurrucucú
Cucurrucucú, paloma, ya no le llores

. . .


Quando você for convidado pra subir no adro da
Fundação Casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos
E outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se olhos do mundo inteiro possam
Estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque, um batuque com a pureza de
meninos uniformizados
De escola secundária em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada
Nem o traço do sobrado, nem a lente do Fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém
Ninguém é cidadão
Se você for ver a festa do Pelô
E se você não for
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti

O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

E na TV se você vir um deputado em pânico
Mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo
Qualquer qualquer
Plano de educação
Que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
do ensino de primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua
sobre um saco brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina
Cento e onze presos indefesos
Mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos
Ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres
E todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti

O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

. . .


Saudade, torrente de paixão
Emoção diferente
Que aniquila a vida da gente
Uma dor que eu não sei de onde vem
Deixaste o meu coração vazio
Deixaste a saudade
Ao desprezares aquela amizade
Que nasceu ao chamar-te meu bem
Nas cinzas do meu sonho
Um hino então componho
Sofrendo a desilusão
Que me invade
Canção de amor, saudade
saudade...

. . .


As suas mãos onde estão?
Onde está o seu carinho?
Onde está você?

Ah... se eu pudesse buscar
Se eu soubesse onde encontrar
Seu amor, seu amor...

Um dia há de chegar
Quando ainda não sei
Você vai procurar
Onde eu estiver
Sem amor, sem você

Suas mãos onde estão?
Onde está o seu carinho?
Onde está você?

Um dia há de chegar
Quando ainda não sei
Você vai procurar onde eu estiver
Sem amor, sem você

As suas mãos onde estão?
Onde está o seu carinho?
Onde está você?

. . .


Lábios que beijei
Mãos que eu afaguei
Numa noite de luar assim
O mar na solidão bramia
E o vento a soluçar pedia
Que fosses sincera para mim
Nada tu ouviste
E logo partiste
Para os braços de outro amor
Eu fiquei chorando
Minha mágoa cantando
Sou a estátua perenal da dor
Passo os dias soluçando com meu pinho
Carpindo a minha dor, sozinho
Sem esperanças de vê-la jamais
Deus, tem compaixão deste infeliz
Por que sofrer assim?
Compadecei-vos dos meus ais
Tua imagem permanece imaculada
Em minha retina cansada
De chorar por teu amor
Lábios que beijei
Mãos que eu afaguei
Volta, dá lenitivo à minha dor

. . .


Você esteve com meu bem
O que foi que ela falou
Diga a verdade sim
falou em mim
Ainda gosta de mim, hein?

Ou será que esqueceu tanto amor que jurou
Que a saudade morreu
quando o mal começou

Se existe alguém,
e esse alguem é agora o que fui eu
É bem cruel mas mesmo assim
Diga a verdade sim

. . .


Tu que llenas todo de alegría y juventud
Que ves fantasmas en la noche de trasluz
Y oyes el canto perfumado del azul
Vete de mí

No te detengas a mirar
Las ramas muertas del rosal
Que se marchitan sin dar flor
Mira el paisaje del amor
Que es la razón para soñar y amar

Yo, que ya he luchado contra toda la maldad
Tengo las manos tan desechas de apretar
Que ni te puedo sujetar
Vete de mí

Seré en tu vida lo mejor
De la neblina del ayer
Cuando me llegues a olvidar
Como es mejor el verso aquel
Que no podemos recordar

. . .


Dicen que la distancia es el olvido
pero yo no concibo esa razón
porque yo seguiré siendo el cautivo
de los caprichos de tu corazón.

Supiste esclarecer mis pensamientos,
me diste la verdad que yo soñé,
ahuyentaste de mí los sufrimientos
en la primera noche que te amé.

Hoy mi playa se viste de amargura
porque tu barca tiene que partir
a cruzar otros mares de locura
cuida que no naufrague tu vivir.

Cuando la luz del sol se esté apagando
y te sientas cansada de vagar,
piensa que yo por ti estaré esperando
hasta que tú decidas regresar

. . .


Amor, yo sé que quieres llevarte mi ilusión.
Amor, yo sé que puedes también llevarte mi al----ma.
Pero, ay amor, si te llevas mi alma,
llévate de mí
también el dolor,
lleva en tí todo mi desconsuelo
y también mi canción de sufrir.

Ay amor, si me dejas la vida,
déjame también
el alma sentir;
si sólo queda en mi dolor y vida,
ay amor, no me dejes vivir.


Ay amor, si me dejas la vida,
déjame también
el alma sentir;
si sólo queda en mi dolor y vida,
ay amor, no me dejes vivir.

. . .


Onde quer que você esteja
Em Marte ou Eldorado
Abra a janela e veja
O pulsar quase mudo
Abraço de anos-luz
Que nenhum sol aquece
E o oco escuro esquece

. . .


No existe un momento del dia
En que pueda olvidarme de tí
El mundo parece distinto
Cuando no estás junto a mi
No hay bella melodia
En que no surjas tu
Ni yo quiero escucharia
Si no la escuchas tú
Es que te has convertido
En parte de mi alma
Ya nada me conforma
Si no estás tú tambiém
Más allá de tus labios
Del sol y las estrellas
Contigo en la distancia
Amada mía estoy

No existe un momento del dia
En que pueda olvidarme de tí
El mundo parece distinto
Cuando no estás junto a mi
No hay bella melodia
En que no surjas tu
Ni yo quiero escucharia
Si no la escuchas tú
Es que te has convertido
En parte de mi alma
Ya nada me conforma
Si no estás tú tambiém
Más allá de tus labios
Del sol y las estrellas
Contigo en la distancia
Amada mía estoy

. . .


Nosso amor resplandecia
Sobre as águas que se movem
Ela foi a minha guia
Quando eu era alegre e jovem
Nosso ritmo, nosso brilho
Nosso fruto do futuro
Tudo estava de manhã
Nosso sexo, nosso estilo
Nosso reflexo do mundo
Tudo esteve Itapuã
Itapuã
Tuas luas cheias
Tuas casas feias
Viram tudo, tudo
Inteiro de nós
Itapuã
Tuas lamas algas
Almas que amalgamas
Guardam todo, todo
O cheiro de nós
Abaeté
Essa areia branca
Ninguém nos arranca
É o que em Deus nos fiz
Nada estanca Itapuã
Ainda sou feliz
Itapuã
Quando tu me faltas
Tuas palmas altas
Mandam um vento a mim
Assim: Caymmi
Itapuã
O teu sol me queima
E o meu verso teima
Em cantar teu nome
Teu nome sem fim
Abaeté
Tudo meu e dela
A lagoa bela
Sabe, cala e diz
Eu cantar-te nos constela em ti
E eu sou feliz
Ela foi a minha guia
Quando eu era alegre e jovem

. . .


Soy loco por ti America
Yo voy traer una mujer plajera
Que su nombre sea Marte
Que su nombre sea Marte
Sou loco por ti de amores
Tenga como colores
La espuma blanca de latinoamerica
Y el cielo como bandera
Y el cielo como bandera

Soy loco por ti America
Soy loco por ti de amores
Sorriso de uase nuvem
Os rios, canções, o medo
O corpo cheio de estrelas
Com o corpo cheio de estrelas
Como se chama a amante
Desse país sem nome
Esse tango, esse rancho
Esse povo, dizei-me
Arde o fogo de conhecê-la
O fogo de conhecê-la

Soy loco por ti America
Soy loco por ti de amores
El nombre del hombre muerto
Ya no se puede decirlo quien sabe
Antes que o dia arrebente
Antes que o dia arrebente
El nombre del hombre muerto
Antes que a definitiva noite
Se espalhe em latinoamérica
El nombre del hombre es pueblo
El nombre del hombre es pueblo

Soy loco por ti America
Soy loco por ti de amores
Um poema ainda existe
Com palmeiras, com trincheiras
Canções de guerra, quem sabe
Canções do mar
Ay estate como ver
Ay estate como ver

Soy loco por ti America
Soy loco por ti de amores
Estou aqui de passagem
Sei que adiante um dia vou morrer
De susto, de bala ou vício
No precipício de luzes
Entre saudades, sou luz
Eu vou morrer de bruços
Nos braços, nos olhos
Nos braços de uma mulher
Nos braços de uma mulher
Mais apaixonado ainda
Dentro dos braços da camponesa
Guerrilheira, manequim
Ai de mim
Nos braços de quem me queira
Nos braços de quem me queira

Soy loco por ti America
Soy loco por ti de amores

. . .


Yo vide una garza mora
Dandole combate a un rio
Asi es como se enamora
Tu corazon con el mio
Yo vide una garza mora
Dandole combate a un rio
Asi es como se enamora
Asi es como se enamora
Tu corazon con el mio
Tu corazon con el mio

Luna, luna, luna, llena menguante
Luna, luna, luna, llena menguante

Anda muchacho a la casa
Y me traes la carabina
Pa mata este gavilan
Que no me deja gallina

La luna me esta mirando
Yo no se lo que me ve
Yo tengo la ropa limpia
Ayer tarde la lave
La luna me esta mirando
Yo no se lo que me ve
Yo tengo la ropa limpia
Yo tengo la ropa limpia
Ayer tarde la lave
Ayer tarde la lave

Luna, luna, luna, llena menguante
Luna, luna, luna, llena menguante

. . .


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