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Caetano Veloso




Альбом Caetano Veloso


Cinema transcendental (1979)
1979
1.
2.
3.
4.
5.
Vampiro
6.
7.
8.
Louco por você
9.
10.
11.
Badauê
12.
. . .


Lua de São Jorge
Lua deslumbrante
Azul verdejante
Cauda de pavão
Lua de São Jorge
Cheia branca inteira
Oh minha bandeira
Solta na amplidão

Lua de São Jorge
Lua brasileira
Lua do meu coração
Lua de São Jorge
Lua maravilha
Mãe irmã e filha
De todo esplendor
Brilha nos altares
Brilha nos lugares
Onde estou e vou

Lua de São Jorge
Brilha sobre os mares
Brilha sobre o meu amor
Lua de São Jorge
Lua soberana
Nobre porcelana
Sobre a seda azul
Lua de São Jorge
Lua da alegria
Claro como tu
Lua de São Jorge
Serás minha guia
No Brasil de norte a sul

. . .


Es um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo

Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo

Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo

Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo

De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo

O que usaremos pra isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo

Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo

. . .


Não me amarra dinheiro não
Mas formosura
Dinheiro não
A pele escura
Dinheiro não
A carne dura
Dinheiro não
Moça preta do curuzu
Beleza pura
Federação
Beleza pura
Boca do Rio
Beleza pura
Dinheiro não
Quando essa preta começa a tratar do cabelo
Conchas do mar
Ela manda buscar pra botar no cabelo
Toda minúcia
Toda delícia
Não me amarra dinheiro não
Mas elegância
Não me amarra dinheiro não
Mas a cultura
Dinheiro não
A pele escura
Dinheiro não
A carne dura
Dinheiro não
Moço lindo do Badauê
Beleza pura
Do Iê Aiyê
Beleza pura
Dinheiro yeah
Beleza pura
Dinheiro não
Dentro daquele turbante do Filho de Gandhi
É o que há
Tudo é chique demais, tudo é muito elegante
Manda botar
Fina palha da costa e que tudo se trance
Todos os búzios
Todos os ócios
Não me amarra dinheiro não
Mas os mistérios

. . .


Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço
Calção, corpo aberto no espaço
Coração de eterno flerte
Adoro ver-te
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto pra Deus proteger-te
O Havaí seja aqui
Tudo o que sonhares
As ondas dos mares
Pois quando eu te vejo
Eu desejo o teu desejo
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Toma esta canção como um beijo

. . .

Vampiro

[Нет текста]

. . .


Deixa que minha mão errante adentre
Em cima, em baixo, entre
Minha América, minha terra à vista
Reino de paz se um homem só a conquista
Minha mina preciosa, meu império
Feliz de quem penetre o teu mistério
Liberto-me ficando teu escravo
Onde cai minha mão, meu selo gravo
Nudez total: todo prazer provém do corpo
(Como a alma sem corpo) sem vestes
Como encadernação vistosa
Feita para iletrados, a mulher se enfeita
Mas ela é um livro místico e somente
A alguns a que tal graça se consente
É dado lê-la

. . .


O melhor o tempo esconde
Longe, muito longe
Mas bem dentro aqui
Quando o bonde dava a volta ali
No cais de Araújo Pinho
Tamarinderinho
Nunca me esqueci
Onde o imperador fez xixi
Cana doce Santo Amaro
Gosto muito raro
Trago em mim por ti
E uma estrela sempre a luzir
Bonde da Trilhos Ubanos
Vão passando os anos
E eu não te perdi
Meu trabalho é te traduzir
Rua da Matriz ao Conde
No trole ou no bonde
Tudo é bom de ver
São Popó do Maculelê
Mas aquela curva aberta,
Aquela coisa certa
Não dá pra entender
O Apolo e o rio Subaé
Pena de pavão de Krishna
Maravilha, vixe Maria mãe de Deus
Será que esses olhos são meus?
Cinema transcendental
Trilhos Urbanos, Gal
Cantando o Balancê
Como eu sei lembrar de você

. . .

Louco por você

[Нет текста]

. . .


Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina

. . .


Céu todo Azul
Chegar no Brasil por um atalho
Aracajú
Terra cajueiro papagaio
Araçazu
Moqueca de cação no João do Alho
Aracajú
Voltar ao Brasil por um atalho
Ser feliz
O melhor lugar é ser feliz
O melhor é ser feliz

Mas
Onde estou
Não importa tanto aonde vou
O melhor é ter amor
Aracajú
Cajueiro arara cor de sangue
Nordeste-Sul
Centro da cidade bangue-bangue
Aracajú
Menos o Sergipe e mais o mangue
Ser feliz
O melhor lugar é ser feliz
O melhor é ser feliz
Onde estou
Não importa tanto aonde vou
O melhor é ter amor

. . .

Badauê

[Нет текста]

. . .


Pinta uma estrela na lona azul do céu
Pinta uma estrela lá
Pinta um malandro
E no malandro outro malandro flutua angelical
Um por um, um por um, um por um, um por um, um por um

Agora a moça esboça um salto, vai mas não vai
Todos sabem voar
Baby, Boca, Charles
A tribo blue, nomadismo, tenda templo, circo trancendental
Jorge, Pepeu, Bola, Didi

A história do samba, a luta de classes, os melhores passes de Pelé
Tudo é filtrado ali
Naquele espaço azul
Naquele tempo azul
Naquela tudo azul

Eles dançam, eles dançam, eles dançam
Todos eles dançam
Dança-moenda, dança-desenho, dança-trapézio, dança-oração
Moenda-redenção

. . .


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