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Caetano Veloso




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Альбом Caetano Veloso


Caetano (1987)
1987
1.
2.
3.
4.
Depois que o Ilê passar
5.
Vals de uma Cidade
6.
„Vamo“ comer (feat. Luiz Melodia)
7.
Canto do Bola de Neve
8.
9.
10.
11.
Ia omim bum
. . .


Estou no fundo do poço
Meu grito
Lixa o céu seco
O tempo espicha mas ouço
O eco
Qual será o Egito que responde
E se esconde no futuro?
O poço é escuro
Mas o Egito resplandece
No meu umbigo
E o sinal que vejo é esse
De um fado certo
Enquanto espero
Só comigo e mal comigo
No umbigo do deserto

. . .


Eu tava encostad'ali minha guitarra
No quadrado branco vídeo papelão
Eu era o enigma, uma interrogação
Olha que coisa mais que coisa à toa, boa boa boa boa boa
Eu tava com graça...
Tava por acaso ali, não era nada
Bunda de mulata, muque de peão
Tava em Madureira, tava na bahia
No Beaubourg no Bronx, no Brás e eu e eu e eu e eu
A me perguntar: Eu sou neguinha?
Era uma mensagem lia uma mensagem
Parece bobagem mas não era não
Eu não decifrava, eu não conseguia
Mas aquilo ia e eu ia e eu ia e eu ia e eu ia e eu ia
Eu me perguntava: era um gesto hippie, um desenho estranho
Homens trabalhando, pare, contramão
E era uma alegria, era uma esperança
E era dança e dança ou não ou não ou não ou não ou não tava perguntando:
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?
Eu tava rezando ali completamente
Um crente, uma lente, era uma visão
Totalmente terceiro sexo totalmente terceiro mundo terceiro milênio carne nua nua nua nua nua nua nua
Era tão gozado
Era um trio elétrico, era fantasia
Escola de samba na televisão
Cruz no fim do túnel, becos sem saída
E eu era a saída, melodia, meio-dia dia dia
Era o que dizia: Eu sou neguinha?
Mas via outras coisas: via o moço forte
E a mulher macia den'da escuridão
Via o que é visível, via o que não via
O que a poesia e a profecia não vêem mas vêem, vêem, vêem, vêem, vêem,
É o que parecia
Que as coisas conversam coisas surpreendentes
Fatalmente erram, acham solução
E que o mesmo signo que eu tenho ler e ser
É apenas um possível ou impossível em mim em mim em mil em mil em mil
E a pergunta vinha:
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?

. . .


Noite de hotel
A antena parabólica só capta videoclips
Diluição em água poluída
(E a poluição é química e não orgânica)
Do sangue do poeta
Cantilena diabólica, mímica pateta

Noite de hotel
E a presença satânica é a de um diabo morto
Em que não reconheço o anjo torto de Carlos
Nem o outro
Só fúria e alegria
Pra quem titia Jagger pedia simpatia

Noite de hotel
Ódio a Graham Bell e à telefonia
(Chamada transatlântica)
Não sei o que dizer
A essa mulher potente e iluminada
Que sabe me explicar perfeitamente
E não me entende
E não me entende nada

Noite de hotel
Estou a zero, sempre o grande otário
E nunca o ato mero de compor uma canção
Pra mim foi tão desesperadamente necessário

. . .

Depois que o Ilê passar

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. . .

Vals de uma Cidade

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. . .


Vamo comer
Vamo comer feijão
Vamo comer
Vamo comer farinha
Se tiver
Se não tiver então
Vamo comer
Vamo comer faisão
Vamo comer
Vamo comer tempura
Se tiver
Se não tiver então

Eu não sou deputado baiano
E, como dizia o outro, não sou de reclamar
Mas se estamos nesse cano
Não consigo me calar
É um papo de pelicano romântico
Aberto pro bico de quem alcançar
Quem quiser ver
Quem quiser ouvir
Quem quiser falar

Vamo comer
Vamo comer, João
Vamo comer
Vamos come, Maria
Se tiver
Se não tiver então

Vamo comer
Vamo comer canção
Vamo comer
Vamo comer poesia
Se tiver
Se não tiver então

O padre na televisão
Diz que é contra a legalização do aborto
E a favor da pena de morte
Eu disse: "Não! Que pensamento torto!"
E a pretexto de AIDS, AIDS
Com tanta franqueza e confiança
Mas é bom saber o que dizer
E o que não dizer
Na frente das crianças

Merci beaucoup
Merci beaucoup, Bahia
Arigatô
Arigatô, Jamaica
E Trinidad
E Trinidad-Tobago
'Brigado Cuba
Thank you, Martinica
E Surinam
Belém do Grão-Pará
Y gracias, Puerto
Gracias Puerto Rico

Baiano burro nasce, cresce
E nunca pára no sinal
E quem pára e espera o verde
É que é chamado de boçal
Quando é que em vez de rico
Ou polícia ou mendigo ou pivete
Serei cidadão
E quem vai equacionar as pressões
Do PT, da UDR
E fazer dessa vergonha
Uma nação?

. . .

Canto do Bola de Neve

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. . .


Pálpebras de neblina
Pele d'alma
Lágrima negra tinta
Lua, lua, lua, lua
Giulietta Masina

Ah, puta de uma outra esquina
Ah, minha vida sozinha
Ah, tela de luz puríssima

(Existirmos a que será que se destina?)

Ah, Giulietta Masina
Ah, vídeo de uma outra luz

Pálpebras de neblina
Pele d'alma
Giulietta Masina
Aquela cara é o coração de Jesus

. . .


Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia
Tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme

O ciúme lançou sua flecha preta
E se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre, nem triste, nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro canta

Velho Chico, vens de Minas
De onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti
Não me ensinas
E eu sou só eu só eu só eu

Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, nem chegaste a perceber
Mas na voz que canta tudo ainda arde
Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê?

Tanta gente canta
Tanta gente cala
Tantas almas esticadas no curtume
Sobre toda estrada, sobre toda sala
Paira monstruosa
A sombra do ciúme

. . .


Acabei com tudo
Escapei com vida
Tive as roupas e os sonhos
Rasgados na minha saída
Mas saí ferido
Sufocando meu gemido
Fui o alvo perfeito
Muitas vezes no peito atingido

Animal arisco
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar
E até me levar por você

Eu sei quanta tristeza eu tive
Mas mesmo assim se vive
Morrendo aos poucos por amor

Eu sei, o coração perdoa
Mas não esquece à toa
E eu não me esqueci

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração
Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração

Eu andei demais
Não olhei pra trás
Era solto em meus passos
Bicho livre, sem rumo, sem laços

Me senti sozinho
Tropeçando em meu caminho
À procura de abrigo
Uma ajuda, um lugar, um amigo

Animal ferido
Por instinto decidido
Os meus rastros desfiz
Tentativa infeliz de esquecer

Eu sei que flores existiram
Mas que não resistiram
A vendavais constantes

Eu sei que as cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração

Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração

Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração

. . .

Ia omim bum

[Нет текста]

. . .


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